Modernizando para recuperar: confira a relação entre a recuperação judicial e a inovação

Gregorya Lima
Gregorya Lima
Rodrigo Gonçalves Pimentel mostra como a inovação pode ser aliada estratégica no processo de recuperação judicial.

Segundo o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel, sócio do escritório Pimentel & Mochi Advogados Associados, a recuperação judicial é muitas vezes vista como um caminho de reorganização financeira, mas sua eficácia depende de uma visão estratégica mais ampla. Uma vez que modernizar processos e incorporar a inovação no plano de reestruturação são atitudes decisivas para que empresas em crise retomem competitividade. Interessado em saber como? Continue a leitura e veja como a recuperação judicial pode ser um instrumento de inovação empresarial.

Como a inovação fortalece o plano de recuperação judicial?

Ao entrar em recuperação judicial, a empresa ganha a oportunidade de reavaliar sua forma de atuar, como pontua o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel. Logo, não se trata apenas de renegociar dívidas, mas de construir um plano que torne o negócio sustentável no futuro. Dessa forma, a adoção de práticas inovadoras, como automação de processos e gestão digitalizada, amplia a eficiência e reduz custos operacionais.

Isto posto, para o empresário ou produtor rural, essa adaptação pode incluir desde a implementação de softwares de gestão agrícola até a criação de novos canais de venda digital. A inovação deixa de ser uma opção e se transforma em um requisito de sobrevivência no mercado. Portanto, incorporar tais mudanças dentro do plano de recuperação judicial dá mais credibilidade diante dos credores e aumenta as chances de aprovação, conforme ressalta o Dr. Lucas Gomes Mochi, também sócio do escritório.

Quais tecnologias podem ser aplicadas na recuperação judicial?

Cada setor possui demandas específicas, mas a inovação dentro da recuperação judicial pode ser aplicada em várias frentes. Aliás, é importante destacar que a tecnologia deve ser vista como ferramenta de gestão e não apenas como custo adicional. De acordo com o Dr. Lucas Gomes Mochi, a inovação torna-se um pilar do plano ao alinhar sustentabilidade econômica com eficiência. Isto posto, entre as medidas mais adotadas, destacam-se:

  • Digitalização de processos administrativos: permite reduzir gastos com papel, aumentar a transparência e agilizar a tomada de decisões.

  • Ferramentas de análise de dados: ajudam a identificar gargalos de produção, ajustar estoques e prever tendências de consumo.

  • Plataformas de e-commerce e marketplaces: ampliam o alcance da empresa, facilitando novas vendas mesmo em períodos de retração do mercado físico.

  • Automação no campo ou na indústria: reduz a dependência de mão de obra intensiva, garante padronização e aumenta a produtividade.

  • Gestão financeira integrada: softwares que unem fluxo de caixa, renegociação de dívidas e simulações de cenários para dar clareza à tomada de decisão.

Descubra com Rodrigo Gonçalves Pimentel de que forma a modernização fortalece a efetividade da recuperação judicial.
Descubra com Rodrigo Gonçalves Pimentel de que forma a modernização fortalece a efetividade da recuperação judicial.

No final, ao adotar essas medidas, a empresa em recuperação mostra que está comprometida em não apenas sobreviver, mas se reposicionar de forma estratégica. O que reforça a confiança de credores e parceiros comerciais.

De que forma novos modelos de negócio contribuem para a recuperação judicial?

Além da tecnologia, é essencial pensar em novos modelos de negócio como parte do processo de inovação. É comum que empresas cheguem à crise justamente por manterem estruturas engessadas, sem acompanhar as mudanças do mercado. Tendo isso em vista, a recuperação judicial cria o espaço necessário para testar alternativas viáveis, conforme destaca o Dr. Rodrigo Gonçalves Pimentel.

Empresas de varejo, por exemplo, podem adotar o modelo híbrido, unindo loja física e online. Produtores rurais podem buscar contratos de integração ou arrendamento tecnológico que aumentem a produtividade com menor investimento inicial. Já indústrias podem rever sua cadeia de suprimentos, firmando parcerias estratégicas para reduzir riscos de desabastecimento. Assim sendo, cada novo modelo agrega flexibilidade, elemento essencial para enfrentar momentos de instabilidade.

Modernizar sendo o caminho para recuperar

Em conclusão, a recuperação judicial não deve ser encarada como um último recurso, mas como um momento de reorganização e inovação. Uma vez que a introdução de novas tecnologias e de novos modelos de negócio no plano permite superar dívidas com mais solidez e preparar a empresa para crescer em um mercado competitivo. Assim, quando bem estruturada, com apoio consultivo e visão estratégica, a recuperação deixa de ser apenas defesa contra a falência e passa a ser um verdadeiro instrumento de modernização.

Autor:  Gregorya Lima

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