Segundo o curador Gustavo Beck, com os avanços tecnológicos e o impacto da pandemia, as visitas virtuais ganharam um espaço importante no mundo das artes, museus, feiras e exposições. Antes consideradas apenas um complemento, essas experiências digitais passaram a ser uma alternativa viável para muitas pessoas. Mas será que a visita virtual pode, de fato, substituir a presença física em eventos culturais? Descubra, a seguir, os prós e contras das exposições online, o comportamento do público e o que esperar para o futuro dessa tendência.
As vantagens das exposições virtuais
As visitas virtuais oferecem praticidade, como ressalta o programador Gustavo Beck. Até porque, é possível acessar museus renomados, feiras de arte e galerias do mundo inteiro sem sair de casa. Aliás, essa facilidade permite que pessoas com limitações de mobilidade, moradores de regiões distantes ou até mesmo quem tem uma rotina corrida possa explorar acervos completos com apenas alguns cliques.
Sem contar que, os recursos multimídia enriquecem a experiência, com áudios, vídeos e legendas que aprofundam o entendimento das obras. Outro ponto positivo é a democratização do acesso à cultura. Já que muitas plataformas disponibilizam tours gratuitos, o que amplia o alcance do conteúdo para públicos que talvez nunca visitariam aquele local presencialmente.
Inclusive, também é possível pausar, voltar e rever quantas vezes quiser, no ritmo de cada visitante, conforme frisa o expert Gustavo Beck. Ou seja, o conteúdo fica disponível 24 horas por dia, sete dias por semana, o que amplia a autonomia e a liberdade de quem consome arte pela internet.
O que se perde com a ausência da experiência física?
Contudo, apesar dos benefícios, o ambiente virtual não consegue reproduzir totalmente a atmosfera de uma visita presencial. A sensação de estar diante de uma obra original, de caminhar pelos corredores, sentir o cheiro do espaço ou até ouvir os sons ao redor faz parte de uma experiência sensorial que a tela não proporciona. Dessa maneira, o contato físico com o espaço e a interação com o ambiente são aspectos que tornam a visita mais completa e inesquecível.

Além disso, de acordo com o film curator Gustavo Beck, a interação humana faz diferença. Conversar com outros visitantes, trocar impressões com guias ou até participar de oficinas e atividades práticas são elementos que enriquecem a vivência cultural. Portanto, as conexões emocionais, o impacto ao ver uma obra em tamanho real e o próprio contexto do espaço são fatores que ainda mantêm a visita presencial como algo insubstituível.
Quais os principais prós e contras das visitas virtuais?
Para resumir, em seguida, listamos os pontos positivos e negativos mais comuns nas experiências de exposições online, com base na opinião de usuários e especialistas da área:
Vantagens:
- Acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida;
- Alcance global e imediato a acervos internacionais;
- Flexibilidade de horário e duração da visita;
- Recursos interativos como zoom, áudios explicativos e vídeos;
- Baixo custo ou gratuidade.
Desvantagens:
- Falta de envolvimento sensorial e emocional com o ambiente;
- Dificuldade de conexão ou qualidade de imagem em algumas plataformas;
- Ausência de interação humana real;
- Limitações na apreciação de detalhes físicos das obras;
- Menor impacto da experiência artística.
Ou seja, mesmo com todos os recursos tecnológicos, a visita virtual ainda enfrenta desafios para se igualar à experiência imersiva do contato físico com o ambiente cultural. Porém, ainda assim, sua praticidade faz dela uma excelente opção complementar.
O digital não substitui, mas complementa
Em conclusão, a visita virtual representa um avanço importante para democratizar o acesso à cultura, principalmente em tempos de restrições ou distâncias geográficas. Entretanto, a vivência presencial ainda oferece elementos insubstituíveis. Dessa forma, o futuro aponta para um equilíbrio entre os dois formatos, valorizando tanto a conveniência do digital quanto a riqueza sensorial do presencial.
Autor: Gregorya Lima