A infância esquecida: por que precisamos falar de natureza e imaginação para as crianças de hoje?

Gregorya Lima
Gregorya Lima
Lina Rosa Gomes Vieira da Silva

Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, autora e entendedora do assunto, traz à tona um paradoxo silencioso da infância contemporânea: nunca tivemos tantos recursos tecnológicos ao alcance das mãos e, ao mesmo tempo, tão pouco contato com a natureza e com as experiências táteis e imaginativas que moldaram gerações passadas. Em meio a tablets, vídeos curtos e jogos digitais, o vínculo das crianças com o ambiente natural e com o faz de conta tem sido substituído por uma rotina imediatista e urbana.

 

Mas por que ainda é tão essencial promover esse tipo de experiência para as crianças de hoje? E o que Bichos Vermelhos nos ensina sobre a relação entre natureza, infância e futuro sustentável? A seguir, vamos explorar essas questões!

 

Como a infância perdeu o contato com a natureza?

 

A urbanização acelerada e o avanço tecnológico mudaram radicalmente as formas de brincar e aprender. A infância, antes marcada por quintais, ruas de terra e brincadeiras de faz de conta ao ar livre, cedeu espaço para telas luminosas e rotinas em ambientes fechados. Esse afastamento reduziu não apenas o contato físico com o meio ambiente, mas também o imaginário coletivo sobre o que é viver e conviver com a natureza. Animais e plantas passaram a ser vistos apenas em imagens digitalizadas ou em rápidas passagens por documentários.

Lina Rosa Gomes Vieira da Silva
Lina Rosa Gomes Vieira da Silva

A consequência desse distanciamento é perceptível no cotidiano: crianças mais ansiosas, menos atentas e com dificuldade para se envolver em atividades que exigem paciência e observação. O brincar livre e espontâneo, tão importante para o desenvolvimento emocional e social, deu lugar a interações mediadas por algoritmos e estímulos repetitivos. A imaginação, antes estimulada por folhas, galhos e nuvens em formas de bichos, parece sufocada em meio a gráficos coloridos e aplicativos.

 

Ao apresentar animais raros e ameaçados como personagens de uma aventura literária e sensorial, Lina Rosa Gomes Vieira da Silva devolve às crianças um pedaço desse vínculo perdido. Bichos Vermelhos não apenas informa, mas convida o leitor infantil a imaginar, a se emocionar e a participar da história viva do nosso ecossistema. Em tempos de crise climática e extinção silenciosa de espécies, proporcionar essa experiência é tão urgente quanto ensinar matemática ou leitura.

Por que a cultura infância precisa ser valorizada em tempos digitais?

 

A chamada cultura infância — o conjunto de saberes, experiências e formas de expressão próprias da infância — está ameaçada pela padronização e pelo imediatismo das redes digitais. As crianças de hoje têm acesso a uma infinidade de conteúdos, mas poucos são capazes de estimular verdadeiramente a imaginação, a criatividade e a conexão sensorial com o mundo. Essa homogeneização cultural enfraquece a diversidade de infâncias possíveis e diminui o repertório emocional e simbólico das novas gerações.

 

Nesse contexto, projetos como Bichos Vermelhos se tornam ainda mais valiosos. A autora Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, conhecedora profunda da cultura infância, constrói uma obra que respeita o olhar curioso e o desejo de descoberta das crianças. Ao transformar uma lista de animais em risco em esculturas de papel e convidar os leitores a montarem seus próprios bonecos, ela proporciona uma experiência tátil e afetiva rara nos dias de hoje. É o livro como objeto de interação, e não mero veículo de informações, o que amplia sua potência educativa.

@linarosagomesviei

Literatura infantil como ferramenta de transformação: Lina Rosa Gomes Vieira da Silva em destaque Lina Rosa Gomes Vieira da Silva nos presenteia com uma obra que une arte, ecologia e educação de maneira inovadora. “Bichos Vermelhos” não apenas encanta pelo visual e pela interatividade, mas promove uma reflexão profunda sobre a importância da preservação ambiental desde a infância. O livro tem sido adotado em escolas municipais e reconhecido por organizações internacionais como a ONU, justamente por sua capacidade de aliar conhecimento e emoção. Com uma abordagem única, Lina Rosa Gomes Vieira da Silva transforma a leitura em uma experiência multissensorial que toca, ensina e inspira. #LinaRosa #LinaRosaGomesVieira #LinaVieiradaSilva #LinaRosaGomes #LinaRosaVieira #LinaRosaGomesVieiradaSilva #QueméLinaRosaGomesVieiradaSilva

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Como unir literatura, meio ambiente e ludicidade para educar crianças mais conscientes?

 

A combinação entre literatura, meio ambiente e ludicidade sempre foi uma estratégia eficiente para sensibilizar crianças sobre temas complexos. No entanto, poucas obras conseguem fazer isso com leveza, humor e poesia como Bichos Vermelhos. Lina Rosa Gomes Vieira da Silva transforma um assunto delicado — a extinção de espécies — em um convite ao encantamento, reforçando que a proteção ambiental começa pela empatia e pelo conhecimento afetivo da natureza.

 

Ao apresentar curiosidades sobre animais como a jaguatirica, o lobo-guará e o tamanduá-bandeira, a autora estabelece uma ponte entre a criança e o animal, criando identificação e afeição. A narrativa lúdica evita o tom alarmista e trabalha a conscientização por meio do afeto, estratégia fundamental quando se deseja formar cidadãos ecológicos desde a infância. Além disso, a interatividade proposta com as esculturas de papel potencializa a experiência e fixa o conteúdo de maneira prazerosa.

 

Autor: Gregorya Lima

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